Estava
lendo o terceiro livro da trilogia “O Guia do Mochileiro das Galáxias – A vida,
o universo e tudo mais”, e me deparo com o trecho mais maluco que já vi. Eu
pensava que Douglas Adams já tinha se superado nos livros anteriores, e errei
(fail!).
Se
Douglas usava drogas? Ai eu não sei, mas tenho certeza que sua mãe usava, e muito...
A ideia é muito inteligente e ao mesmo não faz muito sentido, mas mesmo não
fazendo muito sentido é engraçado pra caramba.
Para
você que quer procurar no livro, ele fica lá no capitulo 11.
Fique com o trecho a seguir:
O
Guia do Mochileiro das Galáxias diz o seguinte a respeito de voar:
Há
toda uma arte, ele diz, ou melhor, um jeitinho para voar.
O
jeitinho consiste em aprender como se jogar no chão e errar.
Encontre
um belo dia, ele sugere, e experimente.
A
primeira parte é fácil. Ela requer apenas a habilidade de se jogar para a
frente, com todo seu peso, e o desprendimento para não se preocupar com o
fato de que vai doer. Ou melhor, vai doer se você deixar de errar
o chão.
Muitas
pessoas deixam de errar o chão e, se estiverem praticando da forma
correta, o mais provável é que vão deixar de errar com muita força.
Claramente
é o segundo ponto, que diz respeito a errar, que representa a maior dificuldade.
Um
dos problemas é que você precisa errar o chão acidentalmente.
Não adianta
tentar errar o chão de forma deliberada, porque você não irá conseguir. É
preciso que sua atenção seja subitamente desviada por outra coisa quando
você está a meio caminho, de forma que você não pense mais a respeito de
estar caindo, ou a respeito do chão, ou sobre o quanto isso tudo irá doer
se você deixar de errar.
É
reconhecidamente difícil remover sua atenção dessas três coisas durante a
fração de segundo que você tem à sua disposição. O que explica por que
muitas pessoas fracassam, bem como a eventual desilusão com esse esporte
divertido e espetacular.
Contudo,
se você tiver a sorte de ficar completamente distraído no momento
crucial por, digamos, lindas pernas (tentáculos, pseudópodos, de acordo
com o filo e/ou inclinação pessoal) ou por uma bomba explodindo por perto,
ou por notar subitamente uma espécie muito rara de besouro subindo num
galho próximo, então, em sua perplexidade, você irá errar o chão
completamente e ficará flutuando a poucos centímetros dele, de uma forma
que irá parecer ligeiramente tola.
Esse
é o momento para uma sublime e delicada concentração.
Balance
e flutue, flutue e balance.
Ignore
todas as considerações a respeito de seu próprio peso e simplesmente
deixe-se flutuar mais alto.
Não
ouça nada que possam dizer nesse momento porque dificilmente seria algo
de útil.
Provavelmente
dirão algo como: “Meu Deus, você não pode estar voando!”
É
de vital importância que você não acredite nisso: do contrário, subitamente
estará certo.
Flutue
cada vez mais alto.
Tente
alguns mergulhos, bem devagar no início, depois se deixe levar para cima
das árvores, sempre respirando pausadamente.
E
NÃO ACENE PARA NINGUÉM.
Se para Arthur Dent deu certo e até deu seu joinha, porque não tentar ??
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