domingo, 11 de maio de 2014

Aprendendo A Voar Com Douglas Adams

Estava lendo o terceiro livro da trilogia “O Guia do Mochileiro das Galáxias – A vida, o universo e tudo mais”, e me deparo com o trecho mais maluco que já vi. Eu pensava que Douglas Adams já tinha se superado nos livros anteriores, e errei (fail!).
Se Douglas usava drogas? Ai eu não sei, mas tenho certeza que sua mãe usava, e muito... A ideia é muito inteligente e ao mesmo não faz muito sentido, mas mesmo não fazendo muito sentido é engraçado pra caramba.
Para você que quer procurar no livro, ele fica lá no capitulo 11.
 Fique com o trecho a seguir:

 O Guia do Mochileiro das Galáxias diz o seguinte a respeito de voar:
Há toda uma arte, ele diz, ou melhor, um jeitinho para voar.
O jeitinho consiste em aprender como se jogar no chão e errar.
Encontre um belo dia, ele sugere, e experimente.
A primeira parte é fácil. Ela requer apenas a habilidade de se jogar para a frente, com todo seu peso, e o desprendimento para não se preocupar com o fato de que vai doer. Ou melhor, vai doer se você deixar de errar o chão.
Muitas pessoas deixam de errar o chão e, se estiverem praticando da forma correta, o mais provável é que vão deixar de errar com muita força.
Claramente é o segundo ponto, que diz respeito a errar, que representa a maior dificuldade.
Um dos problemas é que você precisa errar o chão acidentalmente.
Não adianta tentar errar o chão de forma deliberada, porque você não irá conseguir. É preciso que sua atenção seja subitamente desviada por outra coisa quando você está a meio caminho, de forma que você não pense mais a respeito de estar caindo, ou a respeito do chão, ou sobre o quanto isso tudo irá doer se você deixar de errar.
É reconhecidamente difícil remover sua atenção dessas três coisas durante a fração de segundo que você tem à sua disposição. O que explica por que muitas pessoas fracassam, bem como a eventual desilusão com esse esporte divertido e espetacular.
Contudo, se você tiver a sorte de ficar completamente distraído no momento crucial por, digamos, lindas pernas (tentáculos, pseudópodos, de acordo com o filo e/ou inclinação pessoal) ou por uma bomba explodindo por perto, ou por notar subitamente uma espécie muito rara de besouro subindo num galho próximo, então, em sua perplexidade, você irá errar o chão completamente e ficará flutuando a poucos centímetros dele, de uma forma que irá parecer ligeiramente tola.
Esse é o momento para uma sublime e delicada concentração.
Balance e flutue, flutue e balance.
Ignore todas as considerações a respeito de seu próprio peso e simplesmente deixe-se flutuar mais alto.
Não ouça nada que possam dizer nesse momento porque dificilmente seria algo de útil.
Provavelmente dirão algo como: “Meu Deus, você não pode estar voando!”
É de vital importância que você não acredite nisso: do contrário, subitamente estará certo.
Flutue cada vez mais alto.
Tente alguns mergulhos, bem devagar no início, depois se deixe levar para cima das árvores, sempre respirando pausadamente.
E NÃO ACENE PARA NINGUÉM.

Se para Arthur Dent deu certo e até deu seu joinha, porque não tentar ??




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